sábado, 30 de julho de 2011

decepcionar-se?

confiança é uma coisa que se conquista... conquistas a confiança de alguém é um desafio. ninguém deve confiar cegamente em ninguém, nem em si próprio...
a vida é imprevisível, assim como nós somos... os acontecimentos, são tão ocasionais quanto devem ser.
chove sem a previsão do tempo avisar; venta mais do que o necessário em alguns dias; aquele vazinho com violetas que você cultiva de má vontade, mais cedo ou mais tarde acaba morrendo mesmo... ou não; sua mãe às vezes dizia pra você que não tinha legumes na comida, mas tinha; seu vizinho que passou de carro olhando pro outro lado, provavelmente fingiu que não te viu por preguiça de parar o carro e te dar carona... ou ele só não te viu mesmo.
o universo é um infinito de possibilidades. se você criar expectativas para tudo, vai se machucar...
as pessoas não são sempre maldosas em suas atitudes, às vezes é involuntário mesmo.
não aconselho que você se feche e não confie em ninguém. apenas acho que esperar é diferente de confiar...
você pode confiar numa pessoa, sem esperar que ela seja exatamente igual ao que você esperou. quando a gente espera uma determinada postura de alguém, se essa pessoa age diferente do esperado, a responsabilidade é unicamente nossa... ela não pediu que esperássemos. e se pediu, se prometeu algo, a decisão de aceitar foi nossa de qualquer forma.
decepção é algo do qual não podemos fugir... podemos sim reagir de uma maneira totalmente descompromissada com isso.
aprender a não acatar a decepção como uma desculpa para estar triste é que é a questão. provavelmente você vai decepcionar muitas pessoas ao longo da sua vida... provavelmente será sem essa intenção... provavelmente essas pessoas não vão pensar nisso naquela hora, ou nunca... provavelmente você já se decepcionou por um fato que de fato nem chegou a acontecer (foi só um mal entendido, ou algo do tipo)...
provavelmente a sua reação diante de uma decepção nunca mudará... nem a minha.
mas, é como dizem: "decepção não mata. ensina a viver."
será? ;)

domingo, 24 de julho de 2011

family

os irmãos são engraçados...
brigam muito na infância, sentem ciúmes na adolescência, se são mais velhos não quererm nos levar pra sair, se são mais novos não os queremos por perto. aí a gente acha às vezes que o pai gosta mais do outro, que a mãe não ama a gente tanto quanto ama nossos irmãos... isso sempre acontece. pelo menos uma vez na vida, você vai se questionar isso.
se a irmã arruma um namorado, o irmão vai ter ciúmes, dizer que ele é feio, que você é nova pra namorar (mesmo que tenha 45 anos). se o irmão arruma uma namorada, a irmã vai dizer que ela é gorda demais, magra demais, chata demais, tudo demais.
o ciúme de irmão é uma coisa engraçada... ninguém diz que tá com ciúmes. é tudo muito subentendido na relação entre irmãos. o companheirismo não é explanado a todo momento. ele está lá, e vocês sabem disso. não precisa dizer, vocês sentem igual, pensam igual... por mais que as divergências sejam grandes, e tudo mais pareça motivo pra discordar, irmãos sempre se entndem.
são seus irmãos que sempre estarão lá por você. sempre eles.
não dizem que se amam o tempo todo, e nem precisam. é só olhar de um pro outro numn momento em que estejam juntos, mesmo que estejam brigando... você vê o amor nos olhos deles (mesmo que disfarçado pela raiva do momento). os gestos, as atitudes de irmão para irmão, são tão bonitas, tão cheias de sentimentos, que não há a necessidade de uma só palavra à respeito.
o cuidado recíproco, o amor mútuo e tudo mais que envolve uma relação de irmãos é facilmente percebido se você observar com cuidado e sensibilidade.
salvas raras excessões, o amor fraterno sempre prevalece ;)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

vida que segue...

Ele está sentado na beira da praia, sente alguém se aproximar. Olha pra trás. Vê uma moça, nem alta nem baixa, nem gorda nem magra. Bonita, inclusive. Ele enxuga as lágrimas que lhe escorrem, e fita-a curiosamente. Ela indaga, "por que choras?"; ele não responde... Ela pergunta novamente, "por que choras?"
Ele, olhando para o mar responde "eu só queria ir para casa!"; Com um olhar muito mais curioso agora, ela senta-se ao lado dele, sem desviar os olhos por nenhum segundo. Envolve o braço no entorno dele, o aperta contra si, dá um beijo em sua cabeça. Ele sem reagir, se entrega ao abraço... Aquele aconchego o faltava fazia tempo. O que ela fazia ali? Ele não sabia, e no momento nem queria saber mesmo.
Depois de perder o que ele perdeu, da maneira como foi. Depois de ficar, ou se achar completamente sozinho no mundo, o abraço lhe caía bem, mesmo que fosse de uma pessoa completamente estranha naquele momento.
Passaram-se duas horas, ou dois minutos. Ele não sabia, ela não se importava. Ficaram ali pelas duas horas inteiras, olhando a praia. Se olharam algumas vezes, mas ninguém disse nada.
Então o silêncio se quebra quando ele pergunta "por onde andou, afinal?"; ela responde docemente "não importa mais. Voltei por você e para você."
Ele pensa em tudo que lhe ocorrera naquele dia. Perdeu a namorada e as esperanças.
- Ela morreu. Se chamava Fabiana. Namorávamos há uns 2 anos, não sei bem. Nunca contei... sempre achei que seria pra sempre, então não precisava da contagem do tempo. - disse ele com os olhos mais profundos do que antes.
- Tudo vai ficar bem... Eu sei que vai. Agora eu estou aqui. Eu sei que não nos falamos há anos, mas eu sou sua irmã, e estou aqui com você agora. E pra sempre, pelo menos enquanto você puder. Faço tudo por você, nunca mais me deixe esquecer isso. Você nunca mais vai estar sozinho, eu te garanto isso. Te amo incondicionalmente. Vou te provar isso.
Anoiteceu. Foram embora dali, no carro dela, pra casa dela.

sábado, 9 de julho de 2011

sonhos?

o tempo... passa e passa...
quanto mais ele passa, mais os sonhos me perseguem. os meus sonhos são além dos tempos. sonhar faz parte de mim, é algo inerente à minha alma. minha vida é de sonho. sonho real, sonho irreal... sonho sim, mesmo sabendo que sonhos são só sonhos...
podem se tornar realidade, ou não. quem se importa? não eu... eu sonho.
sonho muito, brinco muito, choro muito... sou intensa, na medida certa. pelo menos para mim.
renovar a vida, as expectativas, os sonhos...
ah, os sonhos... ficar nas nuvens, estar nas nuvens, viver nas nuvens...
descer das nuvens é preciso às vezes, mas sempre com o objetivo e a certeza de voltar sem se demorar muito.
não é questão de viver o irreal. é mais uma questão de realizar o impossível, através do sonho. a única coisa que é realmente possível é sonhar... todos os sonhos são passíveis de acontecer de verdade. podem até parecer impossíveis, mas quem não sonha, não tem possibilidades de realizar.
objetivos, metas, planos... tudo sonhos. no fim, mudando a palavra ou não, você vai acabar percebendo que é sonho. se não perceber, ou não quiser admitir, pior para você.
ser sonhador não é ser infantil, muito menos bobo.
sonhar é imaginar, deixar que a vida corra com pretensões. é se dar oportunidades de querer, sem se esquecer de buscar o que se quer.
sonhar por sonhar não é sonhar. sonhar é ir atrás do sonho...
é querer algo, muito mesmo... batalhar, conquistar e depois olhar pra trás e ver que conseguiu realizar o sonho. se não conseguir, é só ter a maturidade e até competência de ver que não era pra ser, por aquele instante, ou pela vida toda.
esperar um sonho se realizar sem sonhar não é sonhar. entende?
sonhar caracteriza uma ação após um pensamento...
aguardar e ter paciência fazem parte, porém não somente isso. a paciência é uma virtude que deve acompanhar a atitude. agir ponderadamente, e ir atrás do que se sonha, sem esperar que seja exata e extremamente igual ao que planejou, com a perfeita noção de que nunca será igual, que nunca será exatamente assim, isso é sonhar.
é querer, buscar, realizar (da maneira que for possível), e acima de tudo, estar satisfeito com o que conseguir...

domingo, 3 de julho de 2011

sem sentido...

quem disse que as coisas precisam fazer sentido, afinal?
muitas pessoas têm dúvidas quanto ao que é ''certo'' ou o que é ''errado''. essas pessoas esquecem que são palavras que não têm uma definição específica. dependem da situação, dependem do momento, de quem fala, de quem ouve, de quem pensa...
a vida acontece mais de dentro pra fora, meeeesmo. julgar é fácil, difícil é aceitar que toda ação é determinada por um fato anterior.  por mínimo que seja, um acontecimento influencia na sua decisão. julgar as decisões e escolhas alheias, é ir de encontro com tudo isso. pensar na sua vida, ou nos seus ideais como norteadores para as outras pessoas, é ser egoísta. é uma fuga, eu diria... muitos usam a vida dos outros como refúgio para suas próprias vidas. viver em função do que o outro fez ou deixou de fazer, simplesmente não é viver...
o sentido das coisas, está justamente no ''sentido que você dá ás coisas". não existe um padrão pré-definido. as decisões que os outros tomam não são da nossa conta. como diria o Pequeno Príncipe: "Tu te torna responsável por aquilo que cativas..." - isso é uma grande verdade.
essa insistência das pessoas em mudar os outros, moldar, adaptar, encaixar, etc... não cola. cada um é de um jeito, pensa de um jeito e pronto.



"Quem tem coragem, se aceita como é" - CBJR