Hoje eu olho pra trás e vejo o que eu fui. Não que não fosse feliz antes, longe disso... Era feliz sim. Muito, mas não o bastante. Hoje sei o quanto eu mudei. Só eu sei! O que hoje eu considero felicidade, não vem nem de mim e o vazio que eu buscava preencher me parece hoje tão cheio. Cheio de amor e paz...
Uma paz que sempre me fez falta. Mesmo em meio à tanta paixão e diversão de outrora, o "meu hoje" é um retrato do que eu quero que seja o "meu para sempre", um pouco menos colorido. Com o tempo e perseverança, as cores virão, eu creio nisso! Mesmo em momentos que eu julgava mais felizes, faltava algo. Faltava crer, possivelmente, numa força maior.
Hoje eu joguei fora tudo que me prendia ao passado amarelado e amarrotado. Eu hoje sei o que quero, e quero vencer, sem que isso custe minha integridade e minha ciência. Quero ser menos humana a cada dia. Busco o Alto, como disse antes...
Hoje eu quero ser santa, busco a santidade, e problema de quem não entender isso. Não como quando a gente dá um fora em alguém, mas como quando a gente tem um Alguém tão especial, com uma força tão inquietante, que dá vontade de largar tudo e ficar só com Ele.
É porque o querer d'Ele é maior que o querer desse mundo. É um bem-querer muito particular e único. Hoje eu enxergo com outros olhos, olhos que me permitem acreditar num futuro melhor, onde eu seja melhor a cada dia. Melhor pra mim, melhor pro mundo... Hoje eu quero ser mais vida e coração, mais amor e valor, mais emoção e fortaleza. A Divindade me pegou pelo braço e me chamou de filha ao pé do ouvido. Hoje quem está aos pés d'Ela sou eu. Me prostrei aos pés do Divino e n'Ele quero permanecer.
E hoje, a sombra do que eu fui não me atormenta, não me fere, não me magoa... Só me mostra o quanto eu quero mais e mais ser diferente. Ser contradição, ser uma em um milhão. E querer sempre, mas sempre mesmo, que esse um milhão de pessoas sejam mais como Ele foi, e andem como Ele andou, vivam como Ele viveu. Isso salva vidas. Salvou a minha!
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