segunda-feira, 18 de julho de 2011

vida que segue...

Ele está sentado na beira da praia, sente alguém se aproximar. Olha pra trás. Vê uma moça, nem alta nem baixa, nem gorda nem magra. Bonita, inclusive. Ele enxuga as lágrimas que lhe escorrem, e fita-a curiosamente. Ela indaga, "por que choras?"; ele não responde... Ela pergunta novamente, "por que choras?"
Ele, olhando para o mar responde "eu só queria ir para casa!"; Com um olhar muito mais curioso agora, ela senta-se ao lado dele, sem desviar os olhos por nenhum segundo. Envolve o braço no entorno dele, o aperta contra si, dá um beijo em sua cabeça. Ele sem reagir, se entrega ao abraço... Aquele aconchego o faltava fazia tempo. O que ela fazia ali? Ele não sabia, e no momento nem queria saber mesmo.
Depois de perder o que ele perdeu, da maneira como foi. Depois de ficar, ou se achar completamente sozinho no mundo, o abraço lhe caía bem, mesmo que fosse de uma pessoa completamente estranha naquele momento.
Passaram-se duas horas, ou dois minutos. Ele não sabia, ela não se importava. Ficaram ali pelas duas horas inteiras, olhando a praia. Se olharam algumas vezes, mas ninguém disse nada.
Então o silêncio se quebra quando ele pergunta "por onde andou, afinal?"; ela responde docemente "não importa mais. Voltei por você e para você."
Ele pensa em tudo que lhe ocorrera naquele dia. Perdeu a namorada e as esperanças.
- Ela morreu. Se chamava Fabiana. Namorávamos há uns 2 anos, não sei bem. Nunca contei... sempre achei que seria pra sempre, então não precisava da contagem do tempo. - disse ele com os olhos mais profundos do que antes.
- Tudo vai ficar bem... Eu sei que vai. Agora eu estou aqui. Eu sei que não nos falamos há anos, mas eu sou sua irmã, e estou aqui com você agora. E pra sempre, pelo menos enquanto você puder. Faço tudo por você, nunca mais me deixe esquecer isso. Você nunca mais vai estar sozinho, eu te garanto isso. Te amo incondicionalmente. Vou te provar isso.
Anoiteceu. Foram embora dali, no carro dela, pra casa dela.

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