sábado, 20 de agosto de 2011

Ser ou não ser?

Eu normalmente me pego observando as pessoas e o que mais me chama a atenção é a facilidade que elas têm em julgar as outras. Gastam horas durante o dia julgando e tentando resolver os problemas alheios.
Ora, mas o que faço eu aqui, se não julgá-las?
A diferença? Eu assumo...
O meu mundo e a minha vida giram em torno de mim, claro, assim como o de todos. A sutil diferença é que eu admito isso. Não poso de boa moça, não uso máscaras e capas para camuflar e esconder meus reais pensamentos e sentimentos. Quando faço algo por alguém, é porque eu quero fazer, não porque me sinto obrigada... Não me considero certa ou errada. Posso até me considerar, mas jamais tentarei convencer qualquer pessoa disso. A minha opinião é minha e a sua é sua.
Eu vejo pelo mundo os jovens de hoje em dia. Tão preocupados com o que vestir, o que comer, onde ir... ninguém se preocupa de fato com o que ser.
Ser é um status involuntário do ser humano e ninguém ao menos se preocupa com o que ser de verdade.
É algo muito mais do que parecer ser. Ser você mesmo, expôr isso... Deixar-se livre para ser qem você é, sem ao menos notar quem se importa com isso ou não. Os jovens...
Levam ao pé da letra algo tão abstrato como a pergunta: "quem é você?"
Não olham para dentro de si para responder... eles não! Eles olham ao redor, e respondem logo: "Sou o Fulano, filho do Cicrano!" ou "Sou o menino que mora naquele prédio ali da esquina"
Não é vago demais isso? Quantas pessoas se chamam Fulano ou Cicrano? Quanto pessoas moram num prédio na esquina?
Quem é você, afinal?
Tem uma tirada do Renato Russo muito interessante na música "Teatro dos Vampiros", que diz assim:
"acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto..."
E é assim mesmo que me sinto. E acho que no fim todos devem ser assim, no mais íntimo do pensamento. Não sabemos quem somos na verdade. Sabemos do que não gostamos... Ás vezes fingimos que não para agradar aos outros. E desde quando agradar aos outros é ser você mesmo?
Não importa o quanto queiramos e tentemos, nunca agradaremos a todo mundo. Nem Jesus Cristo conseguiu, quem seríamos nós para almejar tal façanha?

O que para muitos é amor, eu chamo de desespero.
O que para muitos é saudade, eu chamo de carência.
O que para muitos é felicidade, eu chamo de solidão.
O que para muitos é sonho, eu chamo de possibilidade.
O que para muitos é paz, eu chamo de comodidade.
O que para muitos é normal, eu chamo de traição.
O que para muitos é traição, eu chamo de covardia.
O que para muitos é certeza, eu chamo de mentira.
O que para mim é verdade, é o que eu sei... E isso é nada, mas é um nada que muito me basta.

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