segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Afinal, será que amar é mesmo tudo?

E hoje, eu que já me acostumei tanto a mim
Tanto a me ter como companhia
Mergulho em minhas memórias e pensamentos
Viajo para um mundo onde só eu entro
Me escondo dos meus medos e falhas
Aprimoro meu vocabulário para usá-lo com ninguém

Entrego meu coração a mim e a Deus
Fico entre a cruz e a espada
Mas não abro mão da minha companhia
Da minha dignidade e competência
Não me esforço para agradar e não me importo se não agradar
Meu compromisso é com Deus e comigo
Não sei se ainda sei ter alguém
Não sei se ainda sei identificar o amor
Não sei se ainda acredito que isso sequer possa existir

As broncas que levei
As bandas que a vida me deu, me ensinaram a não fraquejar
Hoje eu sei que muito fraquejo
Sou fraca na fé, sou fraca no mundo
Sou fraca em tudo
Inclusive no amor
Que eu já nem sei mais se acredito que exista

Pode ser que exista sim, mas não para mim
Ainda não para mim
E já não sei se um dia voltarei a crê-lo
Pois ele me magoou demasiadamente
A ponto de me confortar comigo e minha solidão

Hoje dou abrigo à Luz que vem do alto
Que ilumina meu coração e não permite que as trevas do mundo o habitem
Seja lá como for
Seja lá qual for a necessidade da alma
Deus suprirá sempre
E eu... aguardo o dia que o amor me convencerá que existe
Se é que existe ainda

Nenhum comentário:

Postar um comentário