terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Something in the way...

Sou um pouco delicada, um pouco insistente, um pouco indecisa
Sou muito determinada, um pouco preguiçosa, um pouco vaidosa
Sou daquelas que sabem o que querem
Mesmo que esse querer dure só dois segundos
Sou do tipo que não liga se não ligarem
Que aprendeu a se defender sozinha mas ainda precisa de colo
Penso muito antes de falar, e às vezes falo sem pensar
Conto os dias para chegar o verão, só porque o céu rosa no entardecer é lindo
Me preocupo com minha consciência e sei que a sua é problema seu
Ando despida de máscaras e sei que isso me faz falta às vezes
Mas o meu orgulho não me deixa ser diferente
Posso ser cada dia de um jeito, não sei porque
Só sei que sou assim
Meio meiga, meio careta, meio louca, meio ranheta...
Não entendo os homens, nem quero que eles me entendam
Se nem eu me entendo, por que esperar que alguém o faça?
Vivo de amor, seja pelo que for
Vivo de vida, de esperança e sonhos
Minha meta é chegar onde eu puder chegar, sem derrubar ninguém
Sem passar por cima de valores que eu julgo corretos
Quero ser humana a cada dia, mesmo sabendo que isso custa caro
Custa tempo, persistência, aprendizado
Ainda quero aprender muitas coisas. Aprender é como mágica para mim
Desperta coisas que eu jamais poderei descrever...
Eu sou curiosa, desencanada, desapegada, destrambelhada, desastrada
Cautelosa, impulsiva, otimista, realista, a utopia em pessoa...
Sou uma incógnita... Não me descrevo mais do que consigo
Não quero me compreender além do possível
A sanidade ainda não me pegou e isso não me apavora
Gosto de ser livre como as borboletas
Mas gosto de ter segurança também
Paradoxo, talvez seja uma palavra que me defina bem...
Amizades são ouro para mim, embora não acredite que existam de primeira...
Elas até existem, mas como diria o sábio, devem ser conquistadas
E isso nem o tempo trás...
São conquistas feitas da espotaneidade , do acaso, do destino
Chame como quiser... tudo depende do ponto de vista o observador
Menos minha consciência
Essa depende só  de mim.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Como amar?

Desejo...
Que todos os sorrisos sejam resultados de amor
Que todas a brigas sejam cessadas com afeto
Que todos os dias sejam repletos de alegria
Que todas as manhãs sejam o início de um ótimo dia

Porque tudo que começa bem, acaba bem
Ou não chega a acabar...
Porque tudo que tem que dar certo, dará
Poque a positividade é remédio instantâneo para problemas medíocres
Porque as coisas que te fazem chorar não tem que ser suficientemente grandes para acabar com sua felicidade
Porque o mundo é feio, cruel, triste e poluído em muitos sentidos
Pode até ser...
Mas é o único que temos
E a vida é essa aqui e agora
Olhar o lado feio das coisas não ajudará em nada
Só te torna tão cinzento quanto as nuvens de fumaça de um vulcão

A alegria vem do coração e deve ser distribuída
Não adianta olhar para os problemas
Não adianta tentar resolvê-los
Se o seu coração estiver às moscas e amargurado
Ser feliz é opção, e deve começar agora!
O futuro não virá, ele acontece enquanto pensamos nele
O passado já passou, seja essa frase redundante ou não

Amar não é saber de tudo sempre
Amar a vida deve ser a lei número um nas constituições nacionais por aí...
O amor é a maior representação da própria existência de Deus
Se você ama, ama de verdade alguém
Seja sua família, seu cachorro, sua amiga-irmã
Se você é capaz de amar, saiba que é feliz e já entendeu o sentido do mundo

Não falo de amor como possessividade, ou direito de propriedade de alguém
Falo de amor como o sentimento mais puro e simples que pode haver
Olhar no olho de alguém que você ama e ver que tudo que viveu até hoje valeu a pena
Quando você vê que o amor pode preencher todas as brechas da sua vida
Você vai ver que Deus existe

Ame seus pais, seus primos, seus amigos, seus vizinhos, suas plantas, sua cidade, sua vida...
Ame e se deixe amar. Isso é a coisa mais pura!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ter para ser

A sociedade fabrica desejos, fabrica sonhos
Tão vazios quanto os bolsos de quem não "tem"
Numa lógica em que ter é ser, então poder ter, é um ser melhor?
Para ser o que quiser basta ter o que puder
O consumo é tudo e quanto mais se tem, mais se quer
Apenas para ser...


Ora, precisamos mesmo ter para ser?
Se for assim, aceitamos que nada somos
Sendo nada, nada temos
Se nada temos, pouco sabemos

O pobre quer ser, além disso quer ter
O rico tem e crê que por ter, é
Porém ambos podem ser
Podem ser vazios de sonhos
Podem ser mortos de esperança
Ou até entupido de futilidades

Podem ser abarrotados de medos
De medos vazios, surreais
Medo de não ser, de não poder, de não ter
Podem ter vontades simbólicas
Tão inocentes e puras quanto os anjos
Mesmo que não saibam

Mas a fábrica não pára
E fabrica mais e mais sonhos
Quando o mais primitivo dos sonhos é o ser na essência
É buscar o interior sem saber

Homens e mulheres
Adultos e crianças
Pobres e ricos
Buscam ser o que já são
Eles sonham em algum lugar da alma
E lá esses sonhos ficam, acanhados
Mas existem, enfim

Para ser não precisa ter
Pois o ter, no fim é uma mera consequência
Consequência do ser
E ter, em primeira instância, é nada sem o ser
Busque Ser mais a cada dia
Um ser que dispensa o ter
Essa é a coisa mais pura e sensata

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Supostamente eu sei

Às vezes penso que sou um pouco como uma borboleta
Deixo transparecer beleza quando quero
Muitas asas para bater e muitos lugares para ir
Recomponho meus feitos
Reinvento meus momentos
Refaço toda a vida em pensamento
Construo meu castelo que só eu sei onde fica
Só eu conheço
Mesmo assim, muito pouco

Releio meus escritos antigos
Os vejo como reflexo do que já fui
Mas ainda creio que poucas mudanças me acometeram de fato
Ainda tenho o mesmo olhar que acredita na beleza das coisas
Porém, busco manter a sanidade
Sem saber muito bem qual a serventia real dela

Faço festa por coisas já esquecidas
Vejo cor no que deveria ser monocromático
Busco romper com o novo
Sem deixar de lado as inovações

O que eu conheço
Eu propago
Já o que pretendo conhecer
Eu busco
O que eu entendo por razão já não existe
Jamais existiu
O que há é apenas um ensaio do futuro
E tudo tende a se repetir

Entretanto, tendências não são fatos
São só suposições...

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Tempo do tempo

O tempo demora a passar
Quando vamos ver já acabou o ano
Tão depressa a vida passa
Mas o tempo é lento e corrói tudo
O tempo constrói tudo
Apaga as pegadas na areia da minha ampulheta

Eu busco algo que sei exatamente onde está
Apenas não admiti antes por ser demasiado vaidosa
E hoje eu acho que sou menos egoísta
Busco ser mais a cada dia
E para ser mais esvazio-me de muito

Um mês, um ano, um minuto
São medidas imprecisas
Quem precisa delas?
Eu preciso...

Acho que sei tantas coisas
Que já estou pensando em parar
Parar de saber, de procurar saber
Nem tudo se entende
É melhor assim, estou aprendendo isso
Eu acho que estou
Eu quero estar

Eu acredito que o tempo não cura tudo
O tempo não cura nada
Ele te ajudar com suas cicatrizes
Mas você quem as cura

Pois veja: para mim passou-se tanto tempo
Que eu ainda não esqueci
Passou-se tempo o suficiente para não me permitir esquecer
E agora o que me resta é apenas buscar
Incansavelmente pelo que preciso
Eu sei do que preciso
Mas o que me incomoda é a minha vaidade
Que me nega tantas coisas
Que já nem sei mais se a quero tão bem assim

Quero ser feliz
Sei onde posso ser, com quem posso ser, quando posso ser
E o excesso de vaidade hoje me parece tão absurdo
Que já não o quero mais
Quero é ser mais eu, ser menos mundo
Mas acima de tudo, quero ser livre do meu lado que me prende tanto a mim

sábado, 22 de outubro de 2011

Basta!

Por dias e dias eu busquei alguém
Algum lugar pra chegar
Por fim, encontrei-me comigo mesma
Estava livre, então

Pois agora, eu me bastava
Não que não precisasse de ninguém
Mas já tinha a mim
O que viesse depois disso
Seria fruto de todo amor que eu plantasse

Quem não me aceita
Não me enxerga
Não me é tão importante
Eu busco cada vez mais ser para mim
Sendo para mim
Sou mais para os outros

Quando eu busco ser mais minha
Eu consigo ser mais amor
Se eu amo a mim
Amo a minha vida
E tudo que faz parte dela
Seja da maneira que for

Assim eu sou mais eu
Eu sou mais mundo
Eu tenho mais força
Eu sei o que fazer 
Para acrescentar no mundo algo positivo

A minha futilidade
Hoje é utilidade
Eu busquei ser mais
Cada vez mais sou mais
E isso, já basta


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Medo

Não tenho medo
Eu tenho um escudo nas mãos
O mundo não me aborrece
Sei de tudo que eu queria sentir
Mas não entendo o que busco pensar

Já chorei de amor, de ódio
Senti o cheiro da chuva, e chorei
Senti o frio da noite, e lembrei

Ando com um escudo nas minhas mãos
Faço parte do meu mundo
De maneira distante
E distante a vida vai
Acompanha os sentidos

E eu, não tenho medo de nada
Só de tudo o que me assusta
Tenho sede de força e de justiça
Tenho amor pelo que quer que seja

Meu maior pesar
É entender no que eu preciso pensar
Meu escudo e meus sentimentos
Me defendem de mim
E eu defendo o meu mundo do que não for amor

Busco entender tudo que for pensamento
Sei descrever como me sinto
Mas mal sei o que sinto
Sou uma pessoa errante e equivocada
Mas sempre sou certa em tudo que sei
Eu busco uma verdade que eu sei que não existe

Encaro a vida com ar de quem acompanha os sentidos
Respiro vida procurando inspirar paz
E eu não tenho medo de nada
Jamais tenho medo da vida
E ainda assim, eu morro de medo de tudo que não for amor