segunda-feira, 26 de março de 2012

Sentimento sem nome e muito meu

Quero que seja eterno o que sinto agora
E que seja parte de minha vida durante anos e anos
Espero que dure o tempo necessário para não virar rotina
E se cair no esquecimento, que dê vontade de voltar no tempo

Que o agora não deixe morrer, pela falta de partilha
E não se possa invadir a particularidade inventada em mim
Por fazer-se valer e ter veracidade, que não entre em desuso
E que seja francês o suficiente para ter romance
Porém não se perca a brasilidade do calor precisamente fiel

Que o mal jamais o atinja ou aflija, para seguir sendo o que é
Sem nome, sem tato, sem necessidade, sem obrigação
Mas que exista até o próximo agora, que cabe no peito de tão grande
Jamais perca seu valor lendário e idealizado
Que a ferocidade não se perca no calor e bater de corações descompassados

E além disso, jamais se deixe ir sem lutar, mas que dure para sempre na lembrança do hoje
Que tudo caia de sonho em verdade, como rio que vira cachoeira
Como cascatas que viram mares
Ou ainda, nuvens que virem tempestades
Com sóis que nascem lá e aqui, a todo tempo

Então, que se faça perceber nos olhos, mesmo quando se quer esconder
Que se pense independente e imprudente, assim como hoje o é
Mas que seja livre o suficiente para criar raízes veladas e punidas pelo espírito de aventura
Que a estabilidade não assuste, nem o susto o mascare

Porém, espero que não se resolva, não se dissolva, não saia sem querer
E que permaneça completo, de mente e coração, de cara e coroa
Sempre dentro do meu mais íntimo eu

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